18.12.2025 · 8:14 · Vereadora Luiza Ribeiro

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A vereadora Luiza Ribeiro (PT) encerrou nesta quarta-feira (17) o ciclo de andanças do Banco Vermelho por instituições públicas de Campo Grande em 2025. A última ação do ano foi realizada na Superintendência da Companhia Nacional de Abastecimento em Mato Grosso do Sul (Conab/MS), marcando o encerramento de uma campanha de mobilização, educação e reflexão social sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres.

A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a Superintendência da Conab/MS e com a Procuradoria Especial da Mulher “Jornalista Vanessa Ricarti” da Câmara Municipal. Nos últimos três meses, o Banco Vermelho passou por diferentes espaços estratégicos da Capital, ampliando o alcance da mensagem e fortalecendo o debate sobre a prevenção da violência de gênero.

O Banco Vermelho integra um movimento mundial de conscientização criado em 2016 na Itália por duas mulheres que perderam amigas vítimas de feminicídio. O banco pintado de vermelho simboliza o sangue derramado pelas mulheres assassinadas e o vazio deixado por aquelas que tiveram suas vidas interrompidas pela violência. A instalação do banco, acompanhada de mensagens e informações sobre canais de denúncia, convida a sociedade a refletir, se posicionar e agir.

No Brasil, o movimento é difundido pelo Instituto Banco Vermelho, fundado por Andréa Rodrigues e Paula Limongi, e foi reconhecido pela Lei Federal nº 14.942/2024, que incluiu o projeto como uma das ações de conscientização previstas na Lei Maria da Penha, especialmente no Agosto Lilás, mês dedicado ao combate à violência contra a mulher.

Em Campo Grande, a iniciativa foi consolidada como política pública por meio do Projeto de Lei nº 12.069/2025, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro, que instituiu o Programa Banco Vermelho no município. A proposta foi sancionada pela Prefeitura no dia 6 de novembro, transformando-se na Lei nº 7.515/2025 e garantindo a continuidade da ação de forma permanente.

Durante o ano, o Banco Vermelho esteve presente na Câmara Municipal, no Ministério Público do Trabalho, no Instituto Mirim de Campo Grande, no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, na Superintendência do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra, na Casa da Mulher Brasileira, na Superintendência do Iphan em Mato Grosso do Sul, no Nudem, Núcleo de Defesa das Mulheres da Defensoria Pública do Estado, e foi finalizado na Superintendência da Conab/MS.

Os dados reforçam a urgência da campanha. Em 2024, Campo Grande registrou 6.946 ocorrências de violência doméstica. Até setembro de 2025, já são 5.688 vítimas, o que representa uma média de 24 denúncias por dia. No mesmo período, foram registrados 381 casos de estupro, sendo 330 contra crianças e adolescentes. Em 2025, 40 mulheres já foram assassinadas vítimas de feminicídio.

O estudo “Piores Cidades para Ser Mulher”, elaborado pela Tewá 225, analisou 319 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes e atribuiu a Campo Grande a nota 37,7, considerada muito baixa, evidenciando os desafios estruturais para garantir segurança, dignidade e igualdade às mulheres.

Para o superintendente da Conab/MS, Aguinaldo Moraes Dias, a ação reforça o compromisso institucional com a vida das mulheres. “A Conab tem como missão o abastecimento e a segurança alimentar, mas também tem compromisso com as pessoas e com a vida. Defendemos o feminicídio zero. Assim como o presidente Lula conseguiu, com o Fome Zero, tirar o Brasil do mapa da fome, o nosso objetivo agora é contribuir para tirar o país do mapa do feminicídio”, afirmou.

A vereadora Luiza Ribeiro destacou que o Banco Vermelho é um símbolo que não pode ser naturalizado. “Cada banco vermelho representa uma mulher que teve sua história interrompida pela violência. Não podemos aceitar que esses números sigam crescendo. Levar esse símbolo para dentro das instituições é um chamado à responsabilidade coletiva. O enfrentamento à violência contra a mulher precisa ser permanente, com políticas públicas, informação, acolhimento e, acima de tudo, compromisso do poder público e da sociedade”, declarou.

Assessoria de Imprensa da Vereadora

CMCG