14.11.2025 · 3:39 · Vereador Jean Ferreira
Vereador fiscalizou unidade e relatou falta de medicamentos, estrutura e profissionais
O vereador Jean Ferreira (PT) visitou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino para ouvir, diretamente, a população sobre os problemas enfrentados no atendimento à saúde pública. Durante a visita, o parlamentar criticou a gestão municipal e reforçou a necessidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o uso dos recursos destinados à Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
“A gente está aqui na UPA do Coronel Antonino e veio ouvir o que a população acha da saúde pública da nossa cidade. O SUS está precarizado e a prefeita, ao invés de executar todo o orçamento, foi destinado para Campo Grande, que no caso foi R$ 2,2 bilhões e apenas R$ 527 milhões, ou seja, ainda falta R$ 1,5 bilhão”, apontou o vereador.
“Até agora, a gente não vê o retorno desse investimento, o retorno dos impostos que a população paga”, prosseguiu Jean, acompanhado de servidores e pacientes que aguardavam por atendimento.
O vereador também explicou que, para a abertura da CPI, é necessário colher assinaturas de outros parlamentares. “Nós iremos protocolar um pedido de CPI para investigar toda a ingerência, mal uso e desvio do recurso para a saúde pública daqui de Campo Grande. E nós precisamos de 10 assinaturas dos demais vereadores”, declarou.
A visita expôs uma série de queixas recorrentes dos servidores e usuários da UPA, que relataram longas filas, falta de medicamentos, sobrecarga de profissionais e condições precárias de espera. Pessoas entrevistadas no local expressaram frustração com o atendimento. Uma moradora afirmou que “se for citar os remédios que estão em falta, só saímos daqui amanhã”.
Um dos populares descreveu a demora no atendimento: “A gente está desde as 10 horas da manhã aqui, tem gente desde 7 horas da manhã aqui, o povo não é atendido”. Outra moradora destacou a escassez de insumos e profissionais: “É funcionário sobrecarregado, não tem médico, não tem remédio também”.
Um paciente que aguardava atendimento relatou sintomas graves e a ineficiência do sistema de prioridades: “Cheguei, minha pressão estava 9, com o corpo formigando, dor no estômago, vomitando, diarreia. A mulher falou que ia colocar a minha ficha como prioridade para ser mais rápido. Até agora não foi atendido. A gente tem apenas cinco médicos tendo que atender 75 fichas”.
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Norberto Liberator
Assessoria de Imprensa do Vereador
Foto: Maria Laura Corrêa



