07.11.2025 · 9:03 · Vereador Ronilço Guerreiro

A audiência pública marcada para a próxima segunda-feira (10), às 9h, no Plenário da Câmara Municipal, vai debater a adoção de sensores digitais de glicose como política pública para pessoas com diabetes tipo 1. O vereador Ronilço Guerreiro está à frente da proposta e convocou representantes de entidades de classe, pacientes, familiares, profissionais da saúde, além de técnicos das Secretarias de Saúde do Estado e do Município, conselhos e instituições ligadas à área, para discutir de forma transparente, técnica e participativa os caminhos para implantação do projeto.

O encontro, que tem o tema “Tecnologia e dignidade no tratamento do diabetes: o acesso aos sensores de glicose como política pública em Campo Grande”, terá como eixo central a construção coletiva de um modelo viável para que os sensores sejam incorporados à rede pública de saúde, garantindo monitoramento contínuo, mais conforto e segurança no controle glicêmico, sem a necessidade das repetidas picadas no dedo.

A audiência também apresentará o movimento já em curso dentro da Câmara: Ronilço é autor do projeto de lei que prevê o fornecimento gratuito dos dispositivos e articulou o apoio de 20 vereadores, que se dispuseram a destinar parte de suas emendas impositivas para viabilizar um projeto-piloto, com previsão inicial superior a R$ 400 mil em investimentos.

Para Guerreiro, a audiência será um passo importante para alinhar o esforço do Legislativo com as responsabilidades do Executivo e as demandas reais de quem convive com o diabetes tipo 1. “Esse debate não é apenas jurídico ou orçamentário, é humano. Nós ouvimos pacientes, famílias, profissionais e sabemos o quanto a tecnologia já disponível pode evitar complicações graves, internações e sofrimento. Agora queremos reunir todos os atores envolvidos para transformar isso em política pública concreta”, afirma Ronilço. Ele reforça que a participação das Secretarias de Saúde é fundamental para definir critérios, protocolos e a integração dos sensores ao atendimento do SUS em Campo Grande.

A iniciativa nasce justamente da escuta de quem está na ponta: crianças, jovens e adultos que precisam monitorar a glicose diversas vezes ao dia e encontram nos sensores um recurso mais preciso, menos invasivo e mais digno. O envolvimento dos demais parlamentares, segundo Ronilço, demonstra compromisso com a saúde pública. “A Câmara está dizendo claramente que quer contribuir, que está disposta a colocar recurso e responsabilidade nesse projeto. Agora é somar forças com o Executivo para que Campo Grande avance e seja referência no cuidado às pessoas com diabetes tipo 1”, destacou.

O projeto de lei segue em análise nas comissões permanentes e, após a tramitação interna, poderá ser pautado para votação em plenário. A audiência pública de segunda-feira será, na prática, uma etapa para ajustar propostas, ouvir especialistas, acolher sugestões de entidades representativas e fortalecer o diálogo com o poder público. “Queremos uma construção coletiva e vamos trabalhar para que o município tenha condições de implementar um modelo moderno e inclusivo de assistência, em que o acesso aos sensores de glicose seja visto não como privilégio, mas como direito ligado à saúde, à dignidade e ao respeito às pessoas que convivem com a doença todos os dias”, finalizou.

Assessoria de Imprensa do Vereador

CMCG