03.11.2025 · 4:09 · Vereador Ronilço Guerreiro

O descarte de lixo em Campo Grande voltou a ser tema de debate na Câmara Municipal, durante audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (3). O vereador Ronilço Guerreiro, que secretariou a audiência, destacou a importância de ampliar o número de ecopontos e a capacidade de descarte desses locais, além de reforçar a necessidade de políticas públicas efetivas e de conscientização da população sobre o destino correto dos resíduos.

Durante a audiência, que reuniu representantes do poder público, ambientalistas e entidades ligadas ao setor de limpeza urbana, Guerreiro lembrou que a capital possui atualmente apenas cinco ecopontos, número considerado insuficiente para atender as sete regiões da cidade. O vereador defendeu a criação dos chamados “ecopontões”, estruturas maiores e mais acessíveis para o descarte de resíduos volumosos, como móveis e eletrodomésticos.

“Campo Grande precisa de uma política efetiva em relação ao lixo. Precisamos provocar nas pessoas o respeito, temos alguns eventos com o Drive Thru da Reciclagem, mas precisa muito mais. Não é possível que ainda tenhamos pessoas jogando sofá, geladeira e cama em terrenos baldios. Isso não é só um problema de limpeza, é uma questão de cidadania”, afirmou.

Guerreiro também mencionou que já apresentou projetos de lei relacionados ao tema, inclusive um que ampliava de 1 para 3 metros cúbicos o limite de descarte permitido nos ecopontos. O projeto chegou a ser aprovado pela Câmara, mas foi vetado pela prefeita. “Quero voltar a apresentar novamente o projeto nesta Legislatura porque acredito que esse é o caminho. Não dá para pensar em gestão de resíduos se não oferecermos alternativas reais para a população”, destacou.

O vereador lembrou que essa não é a primeira vez que o Legislativo se debruça sobre o tema. Em 2023, ele já havia realizado uma audiência pública com foco na coleta seletiva e na ampliação dos pontos de descarte, quando defendeu a criação de pelo menos dez ecopontos distribuídos por todas as regiões da cidade. Segundo ele, a discussão precisa avançar além das promessas. “Temos que parar de tratar o lixo como um problema invisível. Ele está nas ruas, nos córregos, nos terrenos. Precisamos de políticas que efetivamente cheguem na população”, disse.

Guerreiro também ressaltou a importância da educação ambiental e do fortalecimento de programas permanentes de conscientização. Para ele, o trabalho precisa começar nas escolas e se estender às comunidades, com apoio das associações de bairro e cooperativas de reciclagem. “A gente fala em Lixo Zero, mas isso não pode ser apenas um discurso bonito. É preciso uma ação contínua, com campanhas, fiscalização e incentivos para quem faz o descarte correto”, afirmou, em referência ao projeto da Câmara Municipal que busca implantar a política municipal do Lixo Zero em Campo Grande.

CMCG