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Policiais Civis lotados nas Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário participam de treinamento de noções técnicas carcerárias e de armas longas

Por Keila Flores e Messias Cabral

Teve início nesta terça-feira, 03/09 e segue até amanhã, 05/09, o curso de: Fundamentos teóricos do uso da força aplicados às técnicas carcerárias; Técnicas carcerárias; Técnica de algemamento, condução de presos, acondicionamento em veículos e padrão para o manuseio; Fundamentos teóricos de armas longas e Prática de tiro de arma longa. A capacitação está acontecendo na Academia de Polícia Civil (Acadepol), ministrada por policiais lotados na Delegacia Especializada de Repressão à Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (GARRAS).

Durante esses três dias, os policiais civis lotados nas Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário (Depac’s), que trabalham na escolta de presos, estão recebendo conhecimento sobre dispositivos legais atinentes, aplicações práticas da legislação na atuação policial e uso seletivo da força nas variadas situações que envolvem a custódia de presos.

De acordo com o Delegado-Geral da Polícia Civil, Lupérsio Degerone Lucio, a segurança pessoal do policial é uma prioridade, principalmente no desenvolvimento do dever legal, por isso, a Polícia Civil, por intermédio da Acadepol, está sempre disponibilizando treinamentos às diversas equipes, para que estejam sempre preparadas para bem desempenharem suas funções. 

Entrevista

Para entender um pouco mais sobre a importância do curso, entrevistamos o Investigador de Polícia Civil, João Lima, que trabalha na escolta da DEPAC, que vai nos contar um pouco de que forma os conhecimentos obtidos irão contribuir para a atuação policial dentro e fora das delegacias, no que diz respeito à segurança na condução de presos.

Você poderia nos contar um pouco sobre o que motivou você a fazer esse curso?

A decisão de fazer esse curso veio da necessidade constante de aprimoramento e atualização em nossa área. Trabalhar com escolta de presos é uma atividade que exige muita responsabilidade, atenção e, principalmente, preparo técnico. O curso de técnicas carcerárias e armas longas foi fundamental para adquirir novos conhecimentos e técnicas que podem ser aplicadas em situações do dia a dia.

E, na sua opinião, qual é a principal importância de um curso como esse para um profissional que trabalha diretamente com a escolta de presos?

O principal desse curso é aumentar a segurança, tanto dos profissionais envolvidos quanto das pessoas sob custódia. Com o treinamento em técnicas carcerárias, aprendemos a lidar melhor com situações de risco, prevenindo conflitos e minimizando os riscos de fuga ou rebeliões. Já o treinamento com armas longas nos capacita a manusear esse tipo de armamento de maneira segura e eficiente, algo que é fundamental em escoltas de maior risco ou em situações que requerem uma resposta imediata e contundente.

E quais habilidades específicas você acha que o curso trouxe para a sua rotina de trabalho?

O curso trouxe diversas habilidades importantes. Uma delas é a melhora na capacidade de observação e percepção de comportamentos suspeitos, o que é essencial para antecipar situações de risco. Também houve um grande foco em técnicas de abordagem e contenção de detentos, sempre visando a segurança e o respeito aos direitos humanos. Além disso, o treinamento com armas longas nos preparou para utilizar esse tipo de armamento em situações extremas, aumentando a nossa capacidade de resposta em operações de escolta que envolvem alto risco.

E como esse curso impacta o trabalho em equipe dentro do seu grupo de escolta?

O impacto é muito positivo. O treinamento reforçou a importância do trabalho em equipe e da comunicação eficiente durante as operações. Quando todos os membros do grupo têm o mesmo nível de preparo e conhecimento, conseguimos agir de maneira mais coordenada e eficiente. Isso é essencial em uma escolta, onde o sucesso da operação depende da atuação integrada de todos os envolvidos. Além disso, o curso proporcionou uma oportunidade para fortalecer os laços entre os colegas, criando um espírito de equipe mais forte.

Na prática, o que mudou na rotina diária de trabalho após a conclusão desse curso?

Houve várias mudanças práticas. Primeiro, passamos a realizar revisões mais frequentes dos nossos procedimentos de segurança e técnicas de abordagem. O curso também nos ensinou a usar novos equipamentos e a manusear armas longas com mais segurança, o que se refletiu em uma maior confiança durante as operações. Além disso, incorporamos novas técnicas de contenção e transporte de presos, que aumentam a segurança tanto dos policiais quanto dos próprios detentos.

Você mencionou a importância do preparo técnico e da segurança. Como o curso abordou a questão do uso proporcional da força?

Essa foi uma parte fundamental do curso. Aprendemos a importância de avaliar cada situação de forma detalhada para decidir o nível de força necessário. O uso de técnicas de desescalonamento e negociação sempre é a prioridade, deixando o uso de força como último recurso. Com o treinamento, entendemos melhor como aplicar essas técnicas na prática, garantindo que o uso da força seja sempre proporcional e adequado à situação, respeitando a integridade física e os direitos de todos os envolvidos.

Você acredita que cursos como este deveriam ser obrigatórios para todos os policiais que atuam com escolta de presos?

Sem dúvida. Considero que o treinamento constante é essencial para a qualidade e segurança do nosso trabalho. Cada escolta de presos é única e pode apresentar diferentes desafios. Portanto, quanto mais preparados estivermos, melhor será a nossa capacidade de lidar com essas situações de forma segura e eficiente. Cursos como este deveriam fazer parte do treinamento contínuo de todos os policiais que atuam nesta área.

Muito obrigado pela entrevista, João, gostaria de deixar uma mensagem final?

Eu que agradeço pela oportunidade de compartilhar um pouco da minha experiência. Espero que este depoimento ajude a valorizar a importância do treinamento na nossa profissão.

 

PC MS

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